segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Parábola do Mestre e o Samurai

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Que tal abrir os olhos e enxergar a semana com essa parábola que explica de modo simples o encontro com o nosso céu e inferno?

A vida está aí para ensinar e guiar por tais caminho, havendo erros e acertos postos em prática, o que realmente faz valer a continuação destas, é a forma como se conduz as atitudes e se faz sentir ao consultar a própria consciência quanto a tais feitos.

Sobre o céu e o inferno

Havia um grande guerreiro, que nunca perdera uma única luta. Pensando em se aposentar, ele ficou obstinado com a ideia de descobrir onde estariam céu e inferno. Procurou a resposta por muitos lugares, até que lhe indicaram um mestre.

Por muitos dias e noites, ele atravessou o deserto, arriscando a sua vida ao se deparar com ferozes predadores, abruptas variações climáticas e alimentação precária. Finalmente, encontrou a pequena caverna na longínqua montanha onde o mestre habitava naquela época. E então se dirigiu a ele:

- Mestre, vim de muito longe. Quero apenas que me dê uma resposta: Onde está o céu e onde está o inferno?

O mestre continuou em meditação, ignorando-o. Ele, já um pouco impaciente, tornou a perguntar:

- Grande mestre, assisquei minha vida vindo até aqui. Por favor, apenas me responda: Onde está o céu e o inferno?

O mestre não demonstrou qualquer sinal de interesse. E o grande guerreiro, agora já muito impaciente, gritou:

- Mestre, não me faça perder a paciência. Sou um grande samurai e exijo agora que responda à minha pergunta: Onde está o céu e onde está o inferno?

O mestre, nesse momento, se dirigiu a ele:

- Estou meditando e não estou com vontade de lhe responder isso:

O guerreiro se deixou dominar por um grande sentimento de ódio e desembainhou sua espada. Partiu com a arma em direção ao mestre e, quando estava pronto para desferir o golpe, o mestre gritou:

- Pare, aí está o inferno!

Instantaneamente, o guerreiro foi tomado por um momento de grande compreensão e caiu de joelhos, aos prantos. O mestre se dirigiu a ele de novo, agora suavemente:

- Aí está o céu!

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