domingo, 27 de julho de 2014

Ida a Pedro Leopoldo - Parte II

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Belo Horizonte,  27 de Julho de 2014.

Hoje amanheci o dia com mais calmo e já instalado em meu quarto, o frio deixou de ser um detalhe para virar uma realidade que congelava literalmente dos pés a cabeça, gosto de frio, mas daquela forma, como havia dito na Semente de Luz anterior, não há esquimó que aguente, ainda mais esse carioca aqui!

Café da manhã preparado a base de um capuccinno no ponto e belos pães com manteiga douradinhos na chapa, comecei a por em prática os planos para logo mais, pois hoje o destino tinha como certo a Casa de Chico Xavier e a Estação de Trem de Pedro Leopoldo, o que aconteceu lá? Bem, tenho interesse por construções antigas, e essa estação de trem é de 1895, imagina quanta história passou por lá e para a felicidade dos cidadãos dessa cidade, ainda permanece de pé e pelo o que sabia, bem conservada.


Hoje a minha companhia para ir a Pedro Leopoldo, foi a do Fabrício, um amigo que também conheci na Ilha de Páscoa, a mineirada invadiu essa pequena ilha que fica literalmente entre o continente sul-americano e o da Oceania, sendo pertencente ao Chile.

Por volta das 15h00, saímos de BH, primeiro ao centro da capital mineira para checar o Mercado Central, comprar o famoso queijo minas curado e o doce de leite, mas... para a sorte de meu bolso, não estava aberto. :(

De lá, após uma rápida passagem pelo Subway, meu almoço, partimos em direção a Pedro Leopoldo. Os assuntos foram surgindo para serem colocados em dia até chegarmos a cidade que fica em média a 50 minutos de carro da capital mineira.

O frio e a chuva, um detalhe que não pode faltar, não davam trégua, mas a good vibe, combustível que gerou essa amizade, também estava a todo vapor.

Primeiro destino, foi a estação de trem que se encontra com as mesmas características vistas no filme Chico Xavier - O Filme, com a única diferença tendo um gradil fechando o local de embarque.

Estação de Trem de Pedro Leopoldo

Logo após, por volta das 17h20, chegamos a Casa de Chico Xavier que fica em uma rua tranquila, e caso se perca entre as ruas — que ao meu ver, poderiam ser um pouco melhor sinalizadas, para indicar os pontos turísticos, ou melhor, de maior fama da cidade  como aconteceu conosco, não se acanhe em perguntar aos moradores desta cidade, todos sabem indicar a localização e o fazem com prazer. :) #ficadica


A casa fica exatamente entre a Funerária Santo Antônio e a vidraçaria Vidroarte, em um canto da Rua Pedro José Silva no número 67. Passando pelo portão de cor azul, você terá os olhos presenteados com os seguintes dizeres em uma placa de vidro, "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei - Jesus", Chico era uma pessoa muito religiosa e certamente via neste ensinamento uma forma de ascensão moral e espiritual.

Geraldinho Lemos e Diego Pinheiro na sala com as passagens de Chico Xavier.
Após entrar na casa é possível visualizar as paredes decoradas por muitas fotos da trajetória deste médium mineiro. Seguindo o corredor que interliga cinco cômodos, é possível ver todas as 481 obras psicografadas pelo médium mineiro, o banheiro, o seu quarto com duas camas, em que segundo o Geraldinho Lemos, uma era para ele dormir e outra para ter a companhia de sua irmã Luiza ou de algum amigo que o visitasse, outro cômodo com obras literárias, porém agora todos biográficas ao Chico Xavier e em várias línguas, e por fim a sala de passes que tem em sua decoração, títulos que ele recebeu ainda encarnado e não em vida, pois ela segue no plano espiritual. :)

Obras biográficas sobre Chico Xavier
Após essa breve visitação é hora de entrar no auditório que comporta 100 pessoas, 70 delas sentadas nas cadeiras fixas e o restante nas escadas e na sala de passes. Há ainda uma mesa com 12 cadeiras para que os participantes e convidados para a realização do Evangelho do Lar e reuniões se acomodem.

O auditório é sem sombra de dúvidas um ambiente que inspira ao estudo, a palavra amiga e claro ao intercâmbio com energias refazedoras e harmônicas.

Auditório onde acontece o Evangelho do Lar
Há ainda uma pequena recepção onde é possível assinar a presença em um livro de registros.

Bem, aliado a tudo o que contei, o melhor ainda estava por vir. Quando decidi ir para Pedro Leopoldo - MG, um desejo que possuía a um tempo, principalmente após ter conhecido o Geraldinho Lemos, no Rio de Janeiro e que pude reencontrar neste momento, o que me fez saber de algumas novidades e para minha surpresa, fui convidado junto com o Fabrício para participar do Evangelho do Lar, onde pensando que era para sentar no auditório, pois fui com o propósito de observar, ouvir e aprender, me vi sentando na mesa com os demais expositores da noite.

Espantado? Surpreso? Na verdade, me senti tão feliz que procurei ao máximo me manter contido, sentando reto e só mexendo os olhos...rsrs, mas depois percebendo a grandeza de tal convite, fui me soltando aos poucos e claro, tendo também colaborado e me mostrado grato pelo convite e momento vivido.

Via tudo como uma honra e naquele momento a minha observação tomou um tônus maior, pois queria saber como funcionava, realizo o evangelho do lar em casa, mas a minha fórmula, digamos assim, é bem diferente, porém seguindo o mesmo propósito, estar aliado com os ensinamentos da espiritualidade, Deus, Jesus e Maria, além dos espíritos que irradiam compreensão ou a buscam.

O livro lido durante o Evangelho do Lar foi: Obreiros da Vida Eterna, por André Luiz e psicografia de Francisco Cândido Xavier. Todos na mesa discursaram em favor das palavras que atuaram na consciência de cada um e em agradecimento após a colaboração dos presentes na mesa, o senhor Hélcio Marques, realizou uma inspiradíssima prece que parece ter sido escrita por um brilhante roteirista, mantendo ainda assim, a mesma humildade com que me convidou a mesa do Evangelho do Lar.

Após a realização da atividade , ainda passamos pela sala de passe e nos despedimos de todos com a alegria de ter presenciado uma noite de grandes aprendizados.

Um adendo com relação aos meus amigos mineiros que me levaram em Pedro Leopoldo é que nenhum deles são espíritas, mas gostaram muito da experiência tornando o momento ainda mais agradável, pois além do respeito, visitaram todos os ambientes com admiração as obras e ao legado ainda possível de se visitar na pequena cidade mineira de Pedro Leopoldo.

Desse modo, fica o meu agradecimento especial ao Fabrício Almeida, Paula Schweizer e Fernanda de Sá, pois foram incríveis companheiros de viagem.

Gostou desta Semente de Luz? Que tal curtir e compartilhar com seus amigos?


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