quarta-feira, 18 de junho de 2014

Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará

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"Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará"
(João 8:32)


Fechar as portas da verdade,  por mais dolorosa que seja, é a mesma coisa que dar um tiro no pé, pois uma hora ela irá surgir e a dor que já era lasciva, irá se mostrar com mais força. Omitir, esconder ou simplesmente não praticá-la com frequência tornará a consciência cada vez mais pesada e a perda uma forma fácil de ser praticada a cada passo dado, independente das conquistas alcançadas ao longo dos anos.

Para exemplificar, planto esta semente de luz com o texto que abriu o Evangelho do Lar no dia 17/06/2014. Mais informações sobre ele, é possível encontrar no final dele.

Esquina da Verdade



Dois amigos se encontram em uma esquina movimentada de uma grande cidade. Após os comprimentos habituais, acontece o primeiro diálogo:

— Como anda a Vida?
— Difícil, meu amigo... Muito difícil. Veja só: estou desempregado, minha mulher está grávida do terceiro filho e corremos o risco de perder a nossa casa. E, para piorar ainda mais a situação, estou doente dos pulmões.

Aquele que iniciou a conversa, solidário a dor e no momento complicado que o amigo vive, se dispõe a ajudar e o convida a ocupar uma das mesas do café a poucos passos de distância. João, que falava de seus infortúnios, aceita de imediato, já com novo brilho nos olhos, confiante de que o socorro será simples e rápido, ou seja, uma grande soma de dinheiro — sem data para pagar e com juros de poupança! Ou seja, um favorzão daqueles, de que só os amigos do peito são capazes.

— Vejamos — inicia o primeiro. — Vamos levantar elementos e levantar o caso, didaticamente. Item número um: desemprego. Pelo o que sei, são uns vinte e cinco anos na mesma empresa e no mesmo cargo, não é?

— Isso mesmo! — João responde, cheio de orgulho, mas com uma ponta de azedume. — Dei a vida por aquela empresa.

— Então, como se atualizou em sua profissão ao longo de todo esse tempo?

— Por quê? Todo dia era a mesma coisa... Somente nos últimos tempos é que resolveram modernizar o setor com a tal informatização da empresa... De repente, o serviço, como era feito, com sucesso há mais de 20 anos, não servia mais. Então, sem mais nem menos, fui demitido. Máquinas infernais.

— Será mesmo? Você sabe utilizá-las? Afinal, precisamos começar a pensar em sua recolocação profissional, e para isso...

— Claro que não! Não fui contratado para mexer com elas. Faço o meu trabalho perfeitamente sem essas coisas de hoje em dia.

— Certo... Passemos adiante. Segundo item: a gravidez. Você e sua mulher fazem uso de algum método anticoncepcional? Preservativos ou ao menos a chamada tabelinha?

— Não, nunca fizemos. Sabe como é: na hora H, a gente nem pensa nessas coisas... — disse João. - Quando a gente vê, já foi.

— Muito bem. Vamos ao terceiro ponto relatado por você: sua moradia, que está ameaçada. Por ocasião do financiamento do imóvel, você levou em consideração a disponibilidade financeira da família, não apenas na época, mas em longo prazo? Tendo em vista que esses contratos costumam ser longos, de que 15, 20 e até 30 anos, você certamente considerou possíveis obstáculos, como perda de emprego, doenças e outras coisas, não é mesmo? Você leu com atenção os pormenores do contrato, sobretudo as cláusulas que tratam da inadimplência? Fez um seguro ou uma poupança antevendo situações como essas?

— Para dizer a verdade, não fizemos nada disso. Ler, não li, não. Mesmo porque são letrinhas tão miúdas que dá preguiça. Várias e várias páginas... Além do mais, se discordar de alguma coisa, o banco não financia. Então, para que ler? E, quanto à poupança... Está falando sério? Acha mesmo que dá para poupar com essa mixaria que eu ganhava? O dinheiro nunca foi suficiente nem para os gastos normais, do mês.

— Sim, sim... Compreendo. Percebo que você continua fumando, e muito, pois no decorrer de nosso bate-papo já se foram três cigarros.

— Verdade! Esse vício não me deixa. Bem que já tentei e tento, mas a carne é fraca. Além do que, no meio de tanta dificuldade, o cigarro é das poucas coisas que me acalma.

— Pois é, João, A vida para você realmente parece difícil. E digo mais: a probabilidade de que melhore é pequena! Do jeito que as coisas vão, a tendência é que ela se torne ainda mais complicada, pois o maior interessado em modificar a sua rota não está disposto a promover a transformação.

— É mesmo? Quem? — pergunta João. Mas, sem esperar resposta, já começa a especular. — Minha mulher, meu ex-patrão? Ele nunca gostou de mim. Já sei! Este governo ladrão, que aí está! Foi macumba, não foi? Eu sabia!

— Não, meu amigo, nada disso. O responsável por tudo isso é você mesmo. E no fundo você sabe disso, não sabe?

Ao se despedir, após deixar João atônito e sem resposta, o amigo parte cantarolando: "Viver, e não ter a vergonha de ser feliz...".

Espírito: Calunga
Médium: Marcos Leão
Livro: Você com Você

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