sábado, 9 de abril de 2011

Vão com Deus

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Olá caros amigos de andança espírita! Após dois dias de um acontecido que envolveu emocionalmente não apenas os cariocas, como eu, mas outras localidades, venho hoje compartilhar com todos comentários que ouvi aos montes sobre o evento ocorrido na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio.

Começo a descrever tais comentários para explicar inclusive a minha vontade de auxiliar de algum modo e indo no início da tarde ao Hemorio doar sangue, já havia doado três vezes lá e nunca havia presenciado este ambiente com tal comoção, reunindo pessoas de diversos credos, cores, preferências polícias, residindo perto ou longe e até mesmo de times rivais onde tais diferenças foram completamente esquecidas e trabalhados em prol da união de algo muito maior, o bem ao próximo! Porque afirmo isso? A espera para doar era algo em torno de 4 horas e ainda assim as pessoas mantinham o bom humor, tendo como exemplo, um senhor que saiu gritando, chegou a minha vez, como se estivesse comemorando um gol ao ver o seu número no display! Pelo o que foi apurado, mais de 700 bolsas de sangue foram coletadas, onde em dias comuns, 300 é o número normal de coletagem.


Dessa forma, começo esta Semente de Luz expondo o lado bonito que é gerado sempre após um evento que trás o sentimento de perda. O preencher, o calor humano, a solidariedade é trabalhada e divulgada de forma a tornar a sociedade mais participativa.

Outra questão que também foi benéfica apesar do trauma , pacientes que estavam na fila do transplante de orgãos e até mesmo tecido ósseo, tiveram a partir da aceitação das famílias a realização dos transplantes, liberando assim a doação dos corpos já sem a essência da vida para auxiliar os que ainda lutavam pelas suas.

Então, analisemos não somente o que a mídia procura expor, pois visam tais notícias para trazer cada vez mais audiência para si, tendo inclusive muitas vezes avançando pontos que não seriam necessários de expor como vídeos ou imagens em capas de jornal que não agregam valor emocional, mas asco com o que será lido, ou seja, o impacto já está mais do que trabalhado no coletivo, então porque de não trabalharem informações que procurem amenizar este impacto? Provocação?

Ontem ao subir o elevador do prédio onde moro, antes, uma senhora com os seus mais de 80 anos saindo e vendo que duas crianças de colégio público entravam, parou em frente a porta e questionou as duas, na escola de vocês tem segurança, não tem? Porque não dá para ficar sem um guarda lá! E uma das meninas responde, tem sim! A senhora torna a dizer, então procura sempre ficar próximo a ele para nada acontecer, porque isso não pode repetir.

Após isso, entrei no elevador e a mesma menina fala, lá na escola nem tem guarda, mas poderia ter mesmo, porque ontem eu passei o dia inteiro chorando, fiquei muito triste. Apontando logo após para a sua amiga e dizendo o seguinte, ela ali só faltou se matar, porque ficou desesperada e chorou bastante também, as duas deviam ter no máximo 11 anos.

Quanto a minha posição, além de doar sangue e ouvir diversas pessoas falando sobre o caso, digo que me provocou comoção e choque, mas procurei me manter em oração, pois sabia que tal choque era na verdade o que estava alimentando esta situação. Afirmo isso, pois tinha essa sensação em minha casa e nos locais que passava.

Fui a igreja, acendi velas e reforcei com outra oração em casa antes de dormir. Sabia que estava fazendo a coisa certa, inclusive ao pedir em oração para que o Wellington Menezes de Oliveira ao recobrar a sua consciência, pudesse ser sim resgatado de onde se encontra para que começasse a pagar por todos os atos cometidos, pois o carma dele constituído na lei do Universo foi muito mais grave do que se ele estivesse ainda vivo para ser julgado pela lei do homem.

Quanto a orar pelas crianças e adolescentes, sim, estiveram em minha oração e tenho certeza de que todas nesse momento irão passar por um momento onde o repouso de seus espíritos será necessário para que não sofram mais, após essa fase, a recuperação será uma etapa a ser vivenciada em um hospital espiritual para que após essas duas etapas consigam dar continuidade em suas vidas agora espirituais.

Logo, não deixem de orar não somente pelas crianças e adolescentes, mas também pelo Wellington, para que tenhamos a oportunidade de através de nossa caridade, que não trabalha o julgamento, mas sim o auxílio, gerar pontos de luz ao seu redor e trabalhar nele o futuro resgate.





Vão com Deus e não deixem de perdoar, pois a lei do Universo já trabalha os verdadeiros aprendizados e expurgações a serem postos em prática.

Um comentário :

Anônimo disse...

Lindo texto, iluminado! Eu também busquei fazer a minha parte, mesmo tendo que mudar conceitos e aprendendo muito com essa situação toda. Acho que isso é o que tem que ficar mesmo depois de uma barbaridade dessa, a caridade e o aprendizado.
Daniela Porto

Sementes de Luz Plantadas