Saravá Umbanda, Saravá ao Caboclo das Sete Encruzilhadas, Saravá ao Orixá Mallet, Saravá ao médium Zélio Fernandino de Moraes, Saravá a todos quem amam e respeitam esta doutrina, religião e filosofia de vida. Saravá para quem não sabe, significa seja bem-vindo, salve ou viva.
Esta Semente de Luz foi bem custosa de ser plantada aqui, pois era necessária uma profunda pesquisa, com diversas fontes, muitas online e algumas captadas em palestras, áudios e livros que tive a oportunidade de ler.
Comecei minha pesquisa primeiramente no site Registros da Umbanda, onde me deparei com uma gravação realizada pela senhora Lília Ribeiro – que foi dirigente da TULEF (Tenda de Umbanda Luz, Esperança e Fraternidade) na década de 70 do século XX. Tendo o entrevistador José Alves de Oliveira realizando diversas perguntas ao médium reconhecido como percussor da Umbanda, Zélio Fernandino de Moraes.
A gravação é um registro muito válido para esclarecer como foi dada a largada nessa concepção de fundamentos mediúnicos, tendo a exposição histórica sobre o Caboclo das Sete Encruzilhadas, em uma de suas encarnações; havia sido um jesuíta na época do Marquês de Pombal (13 de Maio de 1699 a 08 de Maio de 1782), exponho a data de encarne e desencarne do Marquês, pois na gravação o entrevistador José Alves, informa que tal espírito hoje Caboclo das Sete Encruzilhadas, havia desencarnado em 1555 queimado na época deste nobre estadista português.
Todavia, como podem perceber, tanto o Marquês, como o Jesuíta, podiam até estar encarnados nesta época, mas em outros corpos, então, diante do ano 55 que é afirmado por Zélio, me apego à data 1755, onde aconteceu uma grande modificação em Portugal por parte do Terremoto de Lisboa e quatro anos mais tarde, na data de 03 de Setembro de 1759, através da ação reformadora de Pombal, Portugal expulsa os jesuítas da metrópole e das colônias portuguesas, confiscando inclusive seus bens, sob a alegação de que a Companhia de Jesus agia como um poder autônomo dentro do Estado português.
Logo, diante da lógica e da confissão encontrada na gravação, há uma janela no tempo de quatro anos com o embasamento histórico para o desencarne deste jesuíta em questão, que ao meu entender não ficou claro diante das afirmações e atropelamentos por parte do entrevistador.
Em outro blog, chamado Canto do Orixá, há uma história relatando todo o enlace de fatos para chegar ao nome Caboclo das Sete Encruzilhadas. Tal história foi informada por um caboclo da linha de Oxóssi, enviado pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas que é o mentor espiritual da Tenda Espírita Fraternidade da Luz. Esta história se encontra abaixo:
Ao tempo do Brasil Colônia, mais precisamente no Estado do Rio de Janeiro, em uma localidade às margens do Rio Paraíba do Sul, chamada hoje de Barra do Piraí. Precisamente neste local, o rio atingia uma grande largura e o seu leito tomava um aspecto sinuoso, ali existia uma fazenda de diversas culturas, entre as quais e em maior escala, a do café e da cana-de-açúcar. Tal propriedade era administrada por uma família portuguesa, que ao contrário de outras existentes nas proximidades, ali não era exigido o braço escravo. Os negros que lá trabalhavam, recebiam além da casa e alimentação, uma remuneração em moeda, por isso era a propriedade mais próspera do local, isto graças à forma de administração adotada por seus proprietários. Próximo dali vivia uma tribo de índios da Nação Tupi-guarani, com os quais, os fazendeiros mantinham um excelente relacionamento.
O Chefe da tribo, era moço e possuía uma razoável cultura, pois fora alfabetizado na Capital, apaixonou-se por uma das filhas do fazendeiro, que correspondeu ao seu afeto vindo a casar-se com ele, contrariando os costumes de ambas as comunidades. Após a união, ela engravidou, tendo que viajar à Capital do Rio de Janeiro para tratamento médico, demorou-se algum tempo e ao regressar recebeu uma horrível noticia : que um grupo de índios estranhos na localidade , de surpresa , tentaram invadir a fazenda para saqueá-la ,os fazendeiros pediram socorro e os guerreiros Tupi-gurany, vieram , mas não puderam impedir que os pais da moça e seus irmãos fossem mortos. Na batalha , o chefe Tupi-guarany , seu marido ,ficou gravemente ferido ,vindo também a falecer em consequência.
Ao todo, sete pessoas foram assassinadas pela tribo invasora. E todos foram sepultados , em uma ilha situada no Rio Paraíba do Sul, dentro da fazenda. E a moça grávida, única remanescente da família de fazendeiros, ia todas as tardes rezar na ilha, junto às sete cruzes que demarcavam os locais onde seus pais, irmãos e esposo foram sepultados.
Porém , em uma dessas tardes, em que rezava junto ao túmulo do esposo, sentiu-se em trabalho de parto e ali mesmo deu à luz a um menino, seu filho com o chefe Tupi-gurany, cujo corpo estava naquele local sepultado.
O menino cresceu cercado do imenso carinho de sua mãe e recebeu ensinamento proveniente de duas culturas: a cristã adotada por sua mãe e a outra orientada pelo Pagé da tribo de seu pai. Estudou na Capital do Estado e posteriormente na Corte, recebendo instrução superior de Direito. Como advogado teve intensa atividade profissional em defesa de escravos nos Tribunais do Rio de Janeiro, que eram acusados de crimes pelos senhores escravagistas. Na qualidade de chefe de sua comunidade indígena, disfarçadamente, invadia as fazendas de regime escravo, libertando os cativos e colocando-os em local seguro. Na verdade ninguém conseguia identificar o chefe que comandava o grupo indígena libertador de escravos, ora ele se apresentava com o aspecto físico de indivíduo alto, ora baixo, às vezes gordo e outras vezes magro, cada ataque era comandado por uma pessoa diferente e assim ele conseguia se manter no anonimato, consequente a dupla personalidade. O seu verdadeiro nome era CABOCLO DAS SETE CRUZES ILHADAS, por ter nascido no local onde existiam sete cruzes em uma ilha, porém o povo por corruptela o chamava de CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS, nome que ele adotou humildemente, até mesmo em sua vida espiritual.
Tais acontecimentos históricos remontam cenas futuras como irei informar nas próximas Sementes de Luz.
Finalizo então essa primeira parte com os dizeres deste servo de Cristo: "Com um voto de paz, saúde e felicidade, com humildade, amor e caridade, sou e sempre serei o humilde Caboclo das Sete Encruzilhadas".
Para continuar a leitura desta pesquisa seguem os links:
saiba mais
Hino da Umbanda
O Início da Umbanda - Parte II
O Início da Umbanda - Parte III
Muita luz a todos que visam o entendimento diante dos fatos apresentados.
Esta Semente de Luz foi bem custosa de ser plantada aqui, pois era necessária uma profunda pesquisa, com diversas fontes, muitas online e algumas captadas em palestras, áudios e livros que tive a oportunidade de ler.
Comecei minha pesquisa primeiramente no site Registros da Umbanda, onde me deparei com uma gravação realizada pela senhora Lília Ribeiro – que foi dirigente da TULEF (Tenda de Umbanda Luz, Esperança e Fraternidade) na década de 70 do século XX. Tendo o entrevistador José Alves de Oliveira realizando diversas perguntas ao médium reconhecido como percussor da Umbanda, Zélio Fernandino de Moraes.
A gravação é um registro muito válido para esclarecer como foi dada a largada nessa concepção de fundamentos mediúnicos, tendo a exposição histórica sobre o Caboclo das Sete Encruzilhadas, em uma de suas encarnações; havia sido um jesuíta na época do Marquês de Pombal (13 de Maio de 1699 a 08 de Maio de 1782), exponho a data de encarne e desencarne do Marquês, pois na gravação o entrevistador José Alves, informa que tal espírito hoje Caboclo das Sete Encruzilhadas, havia desencarnado em 1555 queimado na época deste nobre estadista português.
Todavia, como podem perceber, tanto o Marquês, como o Jesuíta, podiam até estar encarnados nesta época, mas em outros corpos, então, diante do ano 55 que é afirmado por Zélio, me apego à data 1755, onde aconteceu uma grande modificação em Portugal por parte do Terremoto de Lisboa e quatro anos mais tarde, na data de 03 de Setembro de 1759, através da ação reformadora de Pombal, Portugal expulsa os jesuítas da metrópole e das colônias portuguesas, confiscando inclusive seus bens, sob a alegação de que a Companhia de Jesus agia como um poder autônomo dentro do Estado português.
Logo, diante da lógica e da confissão encontrada na gravação, há uma janela no tempo de quatro anos com o embasamento histórico para o desencarne deste jesuíta em questão, que ao meu entender não ficou claro diante das afirmações e atropelamentos por parte do entrevistador.
Em outro blog, chamado Canto do Orixá, há uma história relatando todo o enlace de fatos para chegar ao nome Caboclo das Sete Encruzilhadas. Tal história foi informada por um caboclo da linha de Oxóssi, enviado pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas que é o mentor espiritual da Tenda Espírita Fraternidade da Luz. Esta história se encontra abaixo:
Ao tempo do Brasil Colônia, mais precisamente no Estado do Rio de Janeiro, em uma localidade às margens do Rio Paraíba do Sul, chamada hoje de Barra do Piraí. Precisamente neste local, o rio atingia uma grande largura e o seu leito tomava um aspecto sinuoso, ali existia uma fazenda de diversas culturas, entre as quais e em maior escala, a do café e da cana-de-açúcar. Tal propriedade era administrada por uma família portuguesa, que ao contrário de outras existentes nas proximidades, ali não era exigido o braço escravo. Os negros que lá trabalhavam, recebiam além da casa e alimentação, uma remuneração em moeda, por isso era a propriedade mais próspera do local, isto graças à forma de administração adotada por seus proprietários. Próximo dali vivia uma tribo de índios da Nação Tupi-guarani, com os quais, os fazendeiros mantinham um excelente relacionamento.
O Chefe da tribo, era moço e possuía uma razoável cultura, pois fora alfabetizado na Capital, apaixonou-se por uma das filhas do fazendeiro, que correspondeu ao seu afeto vindo a casar-se com ele, contrariando os costumes de ambas as comunidades. Após a união, ela engravidou, tendo que viajar à Capital do Rio de Janeiro para tratamento médico, demorou-se algum tempo e ao regressar recebeu uma horrível noticia : que um grupo de índios estranhos na localidade , de surpresa , tentaram invadir a fazenda para saqueá-la ,os fazendeiros pediram socorro e os guerreiros Tupi-gurany, vieram , mas não puderam impedir que os pais da moça e seus irmãos fossem mortos. Na batalha , o chefe Tupi-guarany , seu marido ,ficou gravemente ferido ,vindo também a falecer em consequência.
Ao todo, sete pessoas foram assassinadas pela tribo invasora. E todos foram sepultados , em uma ilha situada no Rio Paraíba do Sul, dentro da fazenda. E a moça grávida, única remanescente da família de fazendeiros, ia todas as tardes rezar na ilha, junto às sete cruzes que demarcavam os locais onde seus pais, irmãos e esposo foram sepultados.
Porém , em uma dessas tardes, em que rezava junto ao túmulo do esposo, sentiu-se em trabalho de parto e ali mesmo deu à luz a um menino, seu filho com o chefe Tupi-gurany, cujo corpo estava naquele local sepultado.
O menino cresceu cercado do imenso carinho de sua mãe e recebeu ensinamento proveniente de duas culturas: a cristã adotada por sua mãe e a outra orientada pelo Pagé da tribo de seu pai. Estudou na Capital do Estado e posteriormente na Corte, recebendo instrução superior de Direito. Como advogado teve intensa atividade profissional em defesa de escravos nos Tribunais do Rio de Janeiro, que eram acusados de crimes pelos senhores escravagistas. Na qualidade de chefe de sua comunidade indígena, disfarçadamente, invadia as fazendas de regime escravo, libertando os cativos e colocando-os em local seguro. Na verdade ninguém conseguia identificar o chefe que comandava o grupo indígena libertador de escravos, ora ele se apresentava com o aspecto físico de indivíduo alto, ora baixo, às vezes gordo e outras vezes magro, cada ataque era comandado por uma pessoa diferente e assim ele conseguia se manter no anonimato, consequente a dupla personalidade. O seu verdadeiro nome era CABOCLO DAS SETE CRUZES ILHADAS, por ter nascido no local onde existiam sete cruzes em uma ilha, porém o povo por corruptela o chamava de CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS, nome que ele adotou humildemente, até mesmo em sua vida espiritual.
Tais acontecimentos históricos remontam cenas futuras como irei informar nas próximas Sementes de Luz.
Finalizo então essa primeira parte com os dizeres deste servo de Cristo: "Com um voto de paz, saúde e felicidade, com humildade, amor e caridade, sou e sempre serei o humilde Caboclo das Sete Encruzilhadas".
Para continuar a leitura desta pesquisa seguem os links:
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Hino da Umbanda
O Início da Umbanda - Parte II
O Início da Umbanda - Parte III
Muita luz a todos que visam o entendimento diante dos fatos apresentados.
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