quarta-feira, 22 de abril de 2015

Embainha a tua espada enquanto é tempo...

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Caros amigos de Andança Espírita, hoje venho propor a leitura de uma história, fictícia ou não, possui pitadas com questões da vida real. Me inspirei em uma que foi citada no Centro Espírita Jorge, em Vila Isabel, Rio de Janeiro. Creio ter sido orientado pela espiritualidade para semear os detalhes encontrados abaixo, então, valendo do aviso, leia com bastante atenção e não deixe de compartilhar, pois pode ser que alguém conhecido esteja precisando refletir sobre suas atitudes.


"Embainha a tua espada..." - Jesus. 
(João, cap 18 v.11)


Luís e Ângelo são amigos de grande tempo, tendo crescido juntos em fazendas extensas que são divididas apenas por uma cerca rústica de madeira.

Atualmente, Luís e Ângelo, fazendeiros prósperos e ambos com famílias constituídas, herdaram de seus pais todos os hectares que compõem pastos e plantações das mais variadas espécies.

Porém, um dia, Luís em busca da documentação da fazenda, percebe que o seu terreno possui de acordo com a escritura, 20 metros a menos do que deveria, nesse momento a consciência de Luís o alerta para não se esquentar com isso, pois mesmo com dois hectares a menos, ainda assim, vivia de maneira próspera.

Luís, ignora esse alerta e vai atrás de Ângelo para tirar satisfação quanto ao avanço indevido da cerca sobre as suas terras.

Ângelo ao tomar conhecimento da notícia por Luís busca saber na sua documentação se o que foi averiguado confere para logo após lhe dar uma resposta.

Ao verificar que a informação não batia com a que tinha registrado em cartório, ainda assim, é envolvido pelo seguinte pensamento: oferte a ele metade do que ele diz ter direito, pois isso não afetará a sua vida e de sua família.

Ignorando esse pensamento e ao avistar Luís o chama e informa, que nada parece estar fora do lugar e que não há motivos para mover a cerca.

Luís que desde a infância via em Ângelo a figura plena de irmão em termos de confiança e amizade, se deixa tomar por uma angústia que ainda o faz pensar em duas saídas, deixo isso de lado e sigo a vida sem manchar a nossa amizade ou procuro a justiça para derrubar a cerca e construí-la no lugar devido?

Ele se despede de Ângelo e diz, busque um bom advogado, pois a partir de hoje, o que eu mais quero são as terras que me foram herdadas e eu vou à justiça para que se faça valer o que digo.

A partir deste dia em diante o clima era febril para ambos os lados, a harmonia já não existia e tinha sido contagiada pelo ódio, as família se destratavam rompendo o clima festivo que era de praxe a muitos momentos após as colheitas e datas especiais.

O dia da audiência chegou, Luís por meio de seu advogado mostrou toda a documentação onde expunha ser dele as terras usurpadas por Ângelo, assim como o advogado de Ângelo no momento propício a sua defesa, utilizava de todos os argumentos conhecidos para expor exatamente o contrário. A energia vibrada era das piores por parte dos pensamentos, e Luís, condutor deste processo já começava a sentir não somente em espírito, mas em matéria tendo seu corpo físico já iniciando um processo de enfermidade grave.

Sentença, Juiz, Fazenda

O Juiz, após os ouvir, procurando conciliar o caso, sugere a seguinte conclusão antes de lavrar a sentença, recuar a cerca em um hectar, deixando ambos em uma situação de ganho e perda, que seguindo o seu raciocínio ao compreender o caso, não afetaria em nada a condição já vivida pelos ex-amigos.

Contagiados pela raiva que alimentavam a meses, não aceitam a sugestão o que faz com que o caso permaneça sendo favorecido ao Ângelo.

Luís, se vendo sem saída pela justiça e ao mesmo tempo a alegria de seu ex-amigo, é tomado por uma fúria que o leva a ter um ataque cardíaco fulminante e por seguinte acontece o seu desencarne.

Agora a desgraça maior não estava na perda dos 2 hectares para a sua família, mas de um pai zeloso e administrador hábil de um negócio que prosperava na família haviam três gerações.

Ângelo tocado pelo acontecido, ainda tentou se aproximar dos antigos afetos, mas contagiados pela raiva deixada pelo genitor, foi repelido a grosso modo.

Luís, agora perambulando por zona umbralina, trazia no peito a marca do ódio sentido por Ângelo e buscava a todo modo uma forma de se vingar até que por efeito de seus pensamentos atraiu para perto uma falange de espíritos obsessores com diversas especializações vampirescas e subjulgadoras que o ofertaram auxílio prometendo que as suas terras voltariam para a sua família. Ele topa sem pestanejar e sem querer saber os pormenores deste tipo de auxílio.

Agora, Marta, ex-mulher de Luís, administrava os negócios e por influência dos espíritos trevosos, procurou um advogado para abrir um novo processo contra Ângelo. No dia da audiência, que foi toda orquestrada por influências perniciosas¹, fez com que desta vez o veredito viesse em favor da família de Luís e da Fazenda Salto Largo.


Sentindo-se vingada, Marta manda derrubar no dia seguinte toda a cerca de madeira e em seu lugar, subir um muro de concreto com altura considerável para não mais enxergar seus vizinhos, nem mesmo o belo riacho em meio a um bosque que compunha a vista tão aconchegante das manhãs e tardes de dias claros.

Luís, sentindo uma mistura de prazer e de dever cumprido, regozijava-se no chão com gargalhadas e berros histéricos contendo palavras de baixa vibração, mas logo foram contidas por um som gutural e levando-o novamente a zona umbralina, agora de frente com aqueles que o ajudaram, ouviu do que se mostrava líder os seguintes dizeres: nós te ajudamos, agora você será um de nós, de hoje em diante, seu nome pouco importa, pois nos pertence e o seu novo ofício é ser nosso escravo.

Lembremo-nos de que o mundo é dos que são mansos e pacíficos, efeitos como os aqui relatados só continuarão a existir se forem causados.

Agradeço a todos que de alguma forma me estimularam a escrever esta história, em especial Raquel Muniz.

¹Mesmo o ambiente tendo influências perniciosas, isso não significa que espíritos do alto não estejam próximos zelando pelo que os compete, tendo em muitos momentos, o respeito pelo livre-arbítrio e a semeadura que causará dores na colheita. São vivências como estas que trazem a consciência dos espíritos reencarnantes e pouco experimentados na matéria a clareza dos atos verdadeiros para serem postos em prática.

Gostou desta Semente de Luz? Que tal curtir e compartilhar com seus amigos?

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