segunda-feira, 5 de abril de 2010

Chico e a paz trazida na essência das rosas

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E as histórias do nosso querido amigo Chico Xavier não param de chegar a leitura de meus olhos. E como gosto de compartilhar também, lá vai mais uma semente de luz destinada a ele.
Essa foi presenciada pelo médium e orador espírita Raul Teixeira, de 60 anos, um dos fundadores da Sociedade Espírita Fraternidade (SEF), em São Domingos, Niterói/RJ.
E para relatar a história embarquei em uma das perguntas que a jornalista Eliane Maria, do jornal Extra, veio a fazer em sua entrevista para a publicação do dia 04 de abril de 2010.

O senhor tinha muito contato com Chico? Lembra-se de alguma passagem marcante vivida com ele?

Mantive muitos contatos com Chico, posto que passei a visitar a cidade de Uberaba desde 1969, duas vezes ao ano, valendo-me dos períodos de minhas férias escolares. Tanto ia proferir palestras na cidade quanto visitar o generoso benfeitor, que se me tornou muito querido amigo, tendo-me convidado para participar de algumas reuniões e atividades mais privativas que realizou em sua casa, como quem desejasse incentivar para o exigente trabalho do bem um jovem iniciante nos passos da doutrina espírita. Numa dessas estadas em sua casa, quando ele e alguns amigos realizavam um momento de estudos espíritas e de psicografias, pude vê-lo atender a uma família que lhe chegara à casa em franco desespero. Um pai levando preso nos braços um menino, que aparentava estar nos seus 7 ou 8 anos de idade, que o chutava, mordia e grunhia. Um jovem senhora, em pranto, e uma senhora idosa que soubemos ser a avó materna do menino. Alguns confrades cederam lugares para a pequena caravana de sofredores. Um silêncio pairou na sala, entrecortado pelos sons de soluços e grunhidos da criança em comovedor estado obsessivo. Chico ergueu-se de onde estava sentado, e dirigiu-se ao pequeno grupo. Em rápidas e doridas palavras, a mãe do pequeno descreveu seu calvário de meses de desgastes, de incontáveis noites insones, dos inúmeros consultórios médicos visitados na procura de solução para o caso do filho querido, sem qualquer êxito. Revezavam-se os três adultos, em casa, para tomar conta do menino que intentava sempre uma forma de ferir-se gravemente, destruir a vida, caso ficasse sem vigilância permanente. Depois de ouvir o breve relato, Chico Xavier solicitou a uma das convidadas para proferir uma oração, e pela primeira vez vi-o erguer as mãos sobre a dupla pai e filho, no trabalho dos passes, da fluidoterapia.De inopino, a sala foi invadida por um intenso perfume de rosas, mas eram rosas vivas, que chegavam a nos arder os olhos. Tudo ficou impregnado daquele perfume. o menino foi se acomodando nos braços do genitor, o homem chorava agora de emoção, assim como as duas mulheres que o acompanhavam. Chico ainda aplicou passes nas duas senhoras e, ao concluir, o ambiente estava em completo silêncio, como um campo de paz. O grupo familiar, que chegara de uma cidade interiorana do estado de Goiás, levantou-se agradecido e em lágrimas, enquanto o menino dormia sereno. No momento em que o pai agradecia a intervenção espiritual de Chico, este recomendou-lhe que conduzisse o filho ao centro espírita existente em sua proximidade, em Goiás, a fim de dar continuidade ao tratamento fluidoterápico da criança, garantindo que, se o fizessem, o menino se recuperaria do difícil processo perturbador. Para mim, em particular, foi uma noite memorável, de profundos aprendizados, tendo em vista a simplicidade com que Chico Xavier atendeu aquelas pessoas. Não fez estardalhaço, não bufou nem fungou, não ficou com a respiração ofegante, não demonstrou nenhuma estranheza diante do caso. Em nenhum momento assustou a família ou fez prognóstico catastrófico, mesmo sabendo da gravidade do caso. Agiu como um facultativo experiente à frente de um diagnóstico conhecido, consciente do que podia fazer para minorar o drama, indicando, após, a continuidade do tratamento. Esse foi o Chico Xavier que conheci e que me cativou, desde os distanciados dias da minha juventude.

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Que experiência linda foi oportunizada tanto àqueles que assistiram quanto foram assistidos pela espiritualidade.

Que a luz e a fé de nosso pai maior nos abençõe hoje e sempre.

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